Retrô

Sempre que chega no último dia do ano é aquela história: restrospectiva e planos.

Pensei tanto no ano que passou, nas minhas vitórias, nas minhas derrotas, nas coisas que fiz, que deixei de fazer, nos erros e nos acertos e no saldo de tudo isso. A verdade é que estive em uma situação que eu posso considerar de extrema depressão boa parte do ano, com altos e baixos. No começo tentei melhorar isso escrevendo com uma amiga minha em um caderno conjunto. Não deu certo. Falta de tempo em fazer e em vê-la.

Minha carência tomava conta de mim. Conheci pessoas novas, fiquei com algumas, fiz sexo, passei dos limites, tive novas experiências e amadureci. Tive crises nostálgicas. Tive crises sexuais. Tive crises alcóolicas. Passei por coisas que não havia passado. Descobri que certas coisas doem. Descobri que amizades são para sempre, as verdadeiras. Descobri que antes só que mal acompanhado. Descobri que travesseiro demais também é chato.Aprendi a lidar com outras situações. Vivi ansiedades. Fui bonzinho e me lasquei. Fui ruizinho e me lasquei.

Comprei um carro, comprei um videogame, comprei... Eu já sabia que dinheiro não dava em árvore, mas com o meu primeiro ano de trabalho árduo descobri que tirar esse papel de troca é mais difícil e cansativo do que imaginei. Pior, descobri que a vida é injusta mesmo, mas que eu tenho que me valorizar. Como pessoa e como profissional.

Tentei fazer exercício. Furei. Arrumei desculpas, algumas esfarrapadas e outras não. Ao menos me mantive no peso do começo do ano.

Fiz cursos e estou me preparando para outros.

E o ano, usando o clichê de sempre, voou (agora sem acento segundo a nova regra ortográfica).

Feliz 2009 para mim. Eu mereço, sem falsa modéstia. E para todos também é claro.